Paris-Roubaix April 29th 2012
Paris-Roubaix, a rainha das Clássicas
A atenção do mundo do ciclismo vai-se centrar no Paris – Roubaix, para alguns a corrida mais espectacular do mundo, este ano parcialmente renovada, com um total de 27 troços de empedrado (pavés). A prova, com um total de 258 quilómetros terá na sua 109 ª edição um acumulado de 51,5 quilómetros de pavés, tendo sido incluídos dois novos troços, um dos quais catalogado de cinco estrelas – nível máximo considerado pelo organizador, em relação ao nível de dificuldades exigido aos ciclistas. O troço de Arenberg, habitual palco de decisão e o mais temido pelos ciclistas está este ano mais perto da linha de chegada, a 86 quilómetros do risco.
O Paris- Roubaix que, em edições anteriores e por força da impetuosidade dos adeptos flamengos, tem tido algumas dificuldades no comportamento do público vai obrigar ao recrutamento de 775 polícias, reforçado com um corpo móvel de mais 100 agentes de autoridade, estando o trânsito praticamente interdito em grande parte dos troços de pavé a partir de sexta feira, altura em que os adeptos belgas começam a afluir aos locais mais emblemáticos da competição.
Christian Prudomme, director de ASO, a entidade organizadora da corrida vaticina que a corrida será mais intensa antes do troço de Arenberg.
“Existe actualmente 70 quilómetros de pavés que esperamos os municípios os conservem e os salvaguardem, pois sem eles a corrida não terá grande significado no futuro”, afirmou o responsável máximo da clássica.
As fugas matinais deverão ser uma das estratégias a seguir pelos principais directores desportivos, de forma a colocar na frente da corrida, corredores que possam vir ser úteis aos seus chefes de fila nos últimos 100 quilómetros de corrida. O ambiente, contudo, está explosivo entre os favoritos, depois dos recentes acontecimentos da Volta a Flandres, com Fabian Cancellara a criticar severamente os ciclistas da Quick-Step:
“Primeiro foi o Chavanel a seguir-me na roda, argumentando que esperava pelo Tom Boonen. Depois senti que havia mais de meio pelotão interessado em derrotar-me. Quando pressenti que o Boonen nos podia alcançar, no último quilómetro, dei tudo o que tinha. Sabia que ia ser terceiro, mas fiquei contente, desta forma o Boonen não ganhou. “
Para “Spartacus”, domingo vai ser um dia calmo: “ Vou deixar os outros trabalhar e vou aguardar pela minha vez” disse o vencedor da última edição do Paris-Roubaix.
OS 27 TROÇOS DE PAVÉ
27. Troisvilles (km 98 – 2200 m) ** ; 26. Viesly (km 104,5 – 1800 m) ***
25. Quievy (km 107 – 3700 m) ****
24. Saint-Python (km 115,5 – 1500 m) **
23. Vertain (km 119,5 – 2300 m) ***
22. Capelle-sur-Ecaillon – Le Buat (km 126,5 – 1700 m) ***
21. Aulnoy-lez-Valenciennes – Famars (km 142,5 – 2600 m) *****
20. Famars – Quérénaing (km 146 – 1200 m) **
19. Quérénaing – Maing (km 149 – 2500 m) ***
18. Monchaux-sur-Ecaillon (km 152 – 1600 m) ***
17. Haveluy (km 164 – 2500 m) ****
16. Trouée d’Arenberg (km 172 – 2400 m) *****
15. Millonfosse – Bousiginies (km 178,5 – 1400 m) ***
14. Brillon à Tilloy-lez-Marchiennes (km 183,5 – 1100 m) **
Tilloy – Sars-et-Rosières (km 186 – 2400 m) ***
13. Beuvry-la-Forêt – Orchies (km 192,5 – 1400m) ***
12. Orchies (km 197,5 – 1700 m) ***
11. Auchy-lez-Orchies – Bersée (km 203,5 – 2600 m) ***
10. Mons-en-Pévèle (km 209 – 3000 m) *****
9. Mérignies – Avelin (km 215 – 700 m) **
8. Pont-Thibaut (km 218,5 – 1400 m) ***
7. Templeuve l’Epinette (km 224 – 200 m) *
Le Moulin de Vertain (km 224,5 – 500 m) **
6. Cysoing – Bourghelles (km 231 – 1300 m) ****
Bourghelles – Wannehain (km 233,5 – 1100 m) ***
5. Camphin-en-Pévèle (km 238 – 1800 m) ****
4. Le Carrefour de l’Arbre (km 241 – 2100 m) *****
3. Gruson (km 243 – 1100 m) **
2. Hem (km 250 – 1400 m) **
1. Roubaix (km 258 – 300 m) *
